terça-feira, 26 de abril de 2011

A Graça de Deus

Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.  Romanos 9.17

Se você deseja ter vitória sobre algo, prepare-se para trabalhar nisso. Mas não se trata de depender de si mesmo ou vencer na vida por sua própria determinação. Deus nos dá graça para fazer boas obras. Mas a graça não significa que nossa carne tem toda a liberdade enquanto apenas deitamos e vamos dormir.
Você tem de fazer boas obras, ser um servo da justiça. Você foi feito para ter responsabilidade, e Deus o ajudará a realizar todas as coisas que lhe der para fazer. Ele o liberta da escravidão do pecado para que você possa se conformar à sua vontade divina em pensamento, propósito e ação (veja Romanos 6.18). A vitória é obtida por meio da graça de Deus, mas você tem de escolher confiar nEle em cada passo do caminho.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quando a prosperidade não é bênção



Prosperar é natural e faz parte da graça que Deus derramou sobre a terra e sobre toda a humanidade. Ao olharmos para a natureza, vemos que Deus foi um criador extravagante, pois Ele criou riquezas abundantes! Ao falar ao homem, Deus o abençoou com palavras de abundância em relação a diversas áreas da sua vida, dizendo-lhe que se multiplicasse, se alimentasse de tudo o que tinha sido criado e dominasse sobre tudo. (Gn 1.28,29)

Existe, porém, um grande conflito espiritual em relação à abundância e prosperidade. Satanás não quer que os filhos de Deus prosperem e que vivam com tudo a que têm direito. Os crentes aceitam facilmente que é satanás que mantém as pessoas presas ao pecado e à doença, mas pensam que agrada a Deus que as pessoas não prosperem para que sejam humildes e ganhem o céu! Por isso, as pessoas são ensinadas a se resignarem e conformarem com a pobreza e a miséria.

Existem duas formas diferentes de prosperar: pela força da nossa mão ou pela mão de Deus.
Abraão é um exemplo de como devemos prosperar quando somos confrontados com essas duas formas de prosperar. Abraão era um homem riquíssimo, de muita influência e poder de guerra, ao ponto de lhe ter sido pedido auxílio numa guerra entre reis de várias regiões.

Depois da vitória que Abrão conseguiu, ao resgatar o povo de Sodoma das mãos de outro rei, o rei de Sodoma veio ter com ele e ofereceu-lhe todos os bens que, juntamente com as pessoas, ele tinha conseguido resgatar. (Gn 14.23)

Jesus também contou uma parábola acerca das duas formas diferentes de prosperar e construir a nossa vida, falando de dois homens que construíram cada um deles, a sua casa. (Mt 7.24-27)
Esses dois homens empreenderam e construíram duas casas, mas fizeram-no sobre dois fundamentos diferentes e o resultado também foi diferente. Um dos homens construiu sobre a rocha, isto é, dando ouvidos à Palavra do Senhor; sendo obediente. Quando veio a tempestade, a casa permaneceu. O outro construiu sobre a areia, isto é, seguindo o seu próprio entendimento sem dar ouvidos à Palavra do Senhor; sendo desobediente. Quando veio a tempestade, a casa ruiu. Uma das formas de prosperar leva à prosperidade sólida. A outra leva à prosperidade enganosa, incerta e passageira.

Como se prospera da forma errada

1. Quando a prosperidade é fruto da opressão

Provérbios 11.24 fala acerca daqueles que retêm “mais do que é justo” e Tiago fala a respeito dos ricos que retêm os salários dos trabalhadores (Tg 5.1-6). Esses são os que prosperam porque roubam o seu próximo em negócios enganosos e roubam a Deus nos dízimos e ofertas. Apesar de ricos não são prósperos porque não possuem paz e nem a bênção de Deus. (Tg 5.4)

2. Quando prosperamos valorizando muito o que é temporal e desprezando os valores eternos


Jesus contou a parábola de um rico que valorizou muito as suas colheitas, ocupou-se em construir novos celeiros, mas desprezou o estado da sua alma e não se preparou para o momento em que esta lhe seria pedida. Jesus disse que esse homem foi chamado de “louco” (Lc 12.13-21). Quando se confia nas riquezas estamos desprezando os valores eternos. (Pv 11.28)

3. Quando prosperamos com o coração no dinheiro


Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me. (Lc 18.22)

4. Quando prosperamos a qualquer custo, ignorando os princípios de Deus

É a prosperidade que se alcança quando não se olham os meios para atingir fins. (Jr 17.11; Pv 28.20)
Pessoas que prosperam dessa forma, prosperam fora do modelo de Deus e acabam por ter uma prosperidade enganosa. A prosperidade segura e abençoada é aquela que é construída como resultado de seguirmos as instruções de Deus.

5. Quando prosperamos pelo engano

Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer. (Pv 11.1)

6. Quando prosperamos e perdemos a humildade

Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. (Pv 12.9)

7. Quando queremos prosperar sem trabalho

O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (Pv 12.11)
Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza. (Pv 21.5)

8. Quando a prosperidade é fruto da esperteza

Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. (Pv 13.11)

9. Quando a prosperidade vem pela mentira

Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal (Pv 21.6)

10. Quando adquirida por favores políticos

Muitos buscam o favor daquele que governa, mas para o homem a justiça vem do Senhor. (Pv 29.26)
A riqueza se torna bênção quando ela se converte junto com você
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. (Lc 19.8,9)

E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará à verdadeira riqueza? (Lc 16.9-11)

Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (1Tm 6.17-19)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A religião é morte





Jerusalém talvez seja o lugar mais religioso do planeta, porque ali convivem as maiores religiões da Terra. Existem muitos lugares de peregrinação no mundo, mas nenhum como Jerusalém. Apesar disso é uma cidade que respira ódio e segregação. Em nenhum outro lugar vemos com tanta clareza como a religião é contra Deus e Seu propósito. Cristo rejeitou a religião completamente e disse que Ele é o caminho, a verdade e a vida. Só podemos conhecê-lO no caminho (indo), na verdade (sendo) e na vida (existindo).
O cristianismo não foi criado por Cristo, mas por Constantino no quarto século. O cristianismo de hoje é apenas mais uma das muitas religiões. Religião portanto, não é forma. Religião é tudo aquilo em que existe negócios com Deus. Nós pensamos que religião é forma e rito. Mas não é. Pode ser, mas não necessariamente. A religião é conteú¬do, não forma; embora toda religião assuma uma fôrma ou forma. Não somos religião. Quem olha de fora, vê religião nas formas do lugar e do culto.
Entretanto, este é um lugar sem barganhas com Deus. Ou seja: a cara é religiosa, mas o espírito não é; pois o que define religião é o conteúdo.
Na religião:
Guardam-se tradições e valores que possuem uma origem boa.
Foram religiosos que compilaram e preservaram a Bíblia.
Deus também ensinou rituais no Velho Testamento e parece claro um tipo de ritual em Apocalipse.
Mas na religião nota-se que:
Todo religioso é sectário e preconceituoso.
Todo religioso pensa que Deus é patrimônio de sua religião.
Todo religioso possui justiça própria, pois supõe agradar a Deus com performances exteriores e, por isso, faz trocas e negócios com Deus.
A religião eleva o ego do homem, fazendo-o pensar que é melhor que os demais. Em Mateus 15, o Senhor faz uma menção de Isaías para mostrar a morte da religião:
O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu. (Is 29.13)

Características da religião:
1. A religião é algo completamente exterior
O Senhor não está interessado em coisas exteriores. Ele olha primeiro para o nosso coração. Se o nosso coração está longe do Senhor, de que adianta um louvor exterior?
2. Honra a Deus com os lábios, mas o coração está longe
As três religiões ali em Jerusalém são puramente rituais e repetitivas. Não há preocupação em relacionar-se com Deus, mas em cumprir rituais complicados e vazios.
3. É uma coleção de mandamentos humanos
Sabemos que toda tradição é estabelecida em algum momento por alguém que desejava reafir¬mar alguma verdade, o problema é que com o passar do tempo a finalidade se perde e fica apenas o conteúdo exterior vazio.
Jesus condenou claramente a tradição dos fariseus, porque eram tantas as regras que eles haviam acrescentado que o espírito da lei e da vontade de Deus se perdeu e ficou apenas o fardo para as pessoas.
Existem no meio evangélico muitas tradições que não foram estabelecidas pela Palavra de Deus. E não precisamos respeitá-las.
4. É uma vida mecânica e maquinal
4O problema da espiritualidade exterior é que ela é maquinal, ou seja, nem sequer é fruto de reflexão, mas é puramente mecânica.
5. É um ritual vazio
Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. (Mt 15.7-9)
O Senhor Jesus disse em Mateus (15.9) que a adoração deles é vã. Isso nos mostra que existe um tipo de adoração que é vã e inútil. Uma espiritualidade exterior produz contradições e hipocrisias do tipo: o órgão é sagrado e a guitarra é profana. Deus olha o coração e não o instrumento exterior.
A religião produz um crente que vive uma vida dividida: o culto é sagrado, mas o trabalho não. Ele entra e sai da presença de Deus sem entender que carrega Deus consigo. O programa e a ordem estão acima das pessoas e suas necessidades. No Velho Testamento aconteceu algo interessante. Davi levou a arca da aliança para Jerusalém e armou uma tenda de adoração para ela, enquanto o tabernáculo continuou em Siló com os mesmos rituais, mas sem a arca da aliança que simboliza a presença de Deus.

sexta-feira, 1 de abril de 2011